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# Objetivo
Determinação do modelo e da tabela de análise de variância para
experimentos planejados em qualquer tipo de delineamento.
# Procedimentos gerais
O procedimento consiste de 7 passos:
1. Descrição das características pertinentes ao estudo
2. Estrutura experimental
3. Fontes de variação, obtidas através da fórmula estrutural
4. Número de graus de liberdade e somas de quadrados
5. Tabela de análise de variância
6. Modelos de esperança e de variância (maximais)
7. Esperanças dos quadrados médios
## 1. Descrição das características pertinentes ao estudo
Consiste em identificar:
1. Unidade observacional: entidade física medida
2. Variável resposta: variávelde intersse
3. Fatores não casualizados (**unrandomized**): aqueles que indexariam
as unidades observacionais se nenhuma casualização fosse empregada
4. Fatores casualizados (**randomized**): aqueles associados às unidades
observacionais como resultado da casualização
5. Tipo de estudo: delineamento experimental associado ao esquema de
tratamento ou método de amostragem
**Observação**: Para determinar se um fator é **randomized** ou
**unrandomized**, deve-se fazer a seguinte pergunta:
- Para uma unidade observacional os níveis do fator podem ser
identificados se a casualização ainda não foi realizada?
- Se **sim**, então o fator é **unrandomized**
- Se **não**, então o fator é **randomized**
## 2. Estrutura experimental
Para determinar a estrutura experimental:
1. Descrever a relação de cruzamento ou aninhamento entre os fatores
**unrandomized** no experimento
2. Descrever a relação de cruzamento ou aninhamento entre:
a. os fatores **randomized**
b. os fatores **randomized** e **unrandomized** (se houver)
3. Acrescentar o número de níveis dos fatores em frente aos nomes
Simbologia:
| Fatores | Símbolo |
|---------|---------|
| Cruzados | $A * B$ |
| Aninhados | $A/B$ |
**Fórmula estrutural**
Exemplo para DBC com $b$ blocos, $k$ parcelas e $t$ tratamentos:
| Estrutura | Fórmula |
|-----------|---------|
| Unrandomized | $b$ blocos/$k$ parcelas |
| Randomized | $t$ tratamentos |
Exemplo para DQL com $k$ linhas e colunas, e $t$ tratamentos:
| Estrutura | Fórmula |
|-----------|---------|
| Unrandomized | $k$ linhas $*$ $k$ colunas |
| Randomized | $t$ tratamentos |
## 3. Fontes de variação obtidas através da fórmula estrutural
Regras para expandir a fórmula estrutural:
$$
A*B = A + B + A\#B
$$
$$
A/B = A + B[fg(A)]
$$
Onde $fg(A)$ é chamado de **fator generalizado**. Um fator generalizado
é formado a partir de vários fatores originais, cujos níveis são
combinações dos níveis dos fatores originais. Sua representação é uma
lista dos fatores constituintes, separados por "$\wedge$".
Exemplo para DBC:
$$
\textrm{Blocos}/\textrm{Parcelas} = \textrm{Blocos} +
\textrm{Parcelas[Blocos]}
$$
Exemplo para DQL:
$$
\textrm{Linhas}*\textrm{Colunas} = \textrm{Linhas} + \textrm{Colunas} +
\textrm{Linhas # Colunas}
$$
## 4. Número de graus de liberdade e somas de quadrados
O Diagrama de Hasse é uma representação de marginalidade entre os
componentes envolvidos.
**Marginalidade:** Um fator generalizado $V$ é marginal a outro fator
generalizado $Z$, se os fatores de $V$ são um subconjunto de $Z$.
Notação: $V \leq Z$.
**Diagrama de Hasse:** o diagrama de Hasse para os fatores generalizados
de uma fórmula estrutural é formado tal que, a posição das "caixas"
representando tais fatores generalizados indique a **relação entre os
fatores** presentes em cada fórmula estrutural:
- Um fator generalizado (FG) deve estar acima do FG para o qual o
primeiro é marginal
- Se dois FGs são **cruzados**, devem estar na mesma linha
- Acima de todos os FGs, coloca-se a média universal $\mu$
- À esquerda, escreve-se o FG e o número de níveis. À direita,
escreve-se o número de graus de liberdade e a fonte da variação
- Os graus de liberdade são obtidos pela diferença entre o número de
níveis do FG e a soma dos graus de liberdade de todos os fatores
marginais à ele ("acima" dele)
**Somas de quadrados:** são formas quadráticas do tipo $\mathbf{Y'QY}$.
A matriz $\mathbf{Q}$ pode ser expressa em função das matrizes de
projeção $\mathbf{M}$,
$$
\mathbf{M} = \mathbf{X(X'X)^{-1}X'}
$$
Onde $\mathbf{X}$ é a matriz de incidência, de **posto completo**.
Portanto, $\mathbf{Q}$ é a diferença algébrica de matrizes $\mathbf{M}$.
Exemplo para DBC:
$$
\begin{align}
\textrm{SQB} &= \mathbf{Y'Q_{B}Y} \\
\textrm{SQP[B]} &= \mathbf{Y'Q_{BP}Y} \\
\textrm{SQTrat} &= \mathbf{Y'Q_{T}Y} \\
\textrm{SQRes} &= \mathbf{Y'Q_{Res}Y}
\end{align}
$$
Onde:
$$
\begin{align}
\mathbf{Q_B} &= \mathbf{M_B - M_G} \\
\mathbf{Q_{BP}} &= \mathbf{M_{BP} - M_G} \\
\mathbf{Q_T} &= \mathbf{M_T - M_G} \\
\mathbf{Q_{Res}} &= \mathbf{M_{BP} - M_{B} - M_{T} + M_G}
\end{align}
$$
## 5. Tabela de análise de variância
1. Listar todas as fontes **unrandomized**
2. Alocar as fontes **randomized** sob as fontes unrandomized com as
quais estão confundidas (**identadas**)
3. Adicionar fontes residuais às porções restantes das fontes
**unrandomized**
Exemplo para DBC:
| Fonte de variação | GL | SQ |
|-------------------|--------------|-----------------------|
| Blocos | $b-1$ | $\mathbf{Y'Q_{B}Y}$ |
| Parcelas[Blocos] | $b(t-1)$ | $\mathbf{Y'Q_{BP}Y}$ |
| Tratamentos | $t-1$ | $\mathbf{Y'Q_{T}Y}$ |
| Resíduo | $(b-1)(t-1)$ | $\mathbf{Y'Q_{Res}Y}$ |
## 6. Modelos de esperança e variância
1. Designar cada fator original como **fixo** ou **aleatório**
2. Determinar se um fator generalizado (FG) é potencialmente de
esperança ou de variância:
a. fator generalizado de efeito fixo: **esperança**
b. pelo menos um fator generalizado de efeito aleatório: **termo de
variação**
c. termo consistindo de todos os fatores não casualizados é
considerado aleatório
3. O **modelo de esperança maximal** ($\boldsymbol{\Psi}$) dá-se pela
soma dos termos de esperança
4. O **modelo de variação maximal** dá-se pela soma de todos os termos de
variação
**Efeito aleatório**:
- Grande número de níveis na população
- Comportamento aleatório
- Seus níveis podem ser descritos por uma distribuição de probabilidade
**Efeito fixo**:
- Número pequeno ou grande de níveis
- Comportamento sistemático
- Não podem ser descritos por uma distribuição de probabilidade
**Exemplo para DBC:**
- Considerando todos os fatores de **efeito fixo**, o modelo maximal
usual é:
$$
y_{ij} = \mu + \beta_j + \tau_i + \epsilon_{ij}\, \qquad
j = 1, \ldots, b;\, i = 1, \ldots, t
$$
Assim:
$$
\begin{align}
\text{E}(Y_{ij}) &= \mu + \beta_i + \tau_i \\
\text{V}(Y_{ij}) &= \sigma^2_{BP} \\
\text{Cov}(Y_{ij}, Y_{i'j'}) &= 0 \,, \quad i \neq i', j \neq j'
\end{align}
$$
Matricialmente:
$$
\begin{align}
\boldsymbol{\Psi} = \text{E}(\mathbf{Y}) &=
\mathbf{X_G}\boldsymbol{\mu} + \mathbf{X_B}\boldsymbol{\beta} +
\mathbf{X_T}\boldsymbol{\tau} \\
\text{V}(\mathbf{Y}) &= \sigma^2_{BP} \mathbf{I_n}
\end{align}
$$
Simbolicamente:
$$
\begin{align}
\boldsymbol{\Psi} = \text{E}(\mathbf{Y}) &=
\textrm{Bloco} + \textrm{Tratamento} \\
\text{V}(\mathbf{Y}) &= \textrm{Bloco} \wedge \textrm{Parcela}
\end{align}
$$
- Considerando **bloco de efeito aleatório**, o modelo maximal usual é:
$$
y_{ij} = \mu + \beta_j + \tau_i + \epsilon_{ij}\, \qquad
j = 1, \ldots, b;\, i = 1, \ldots, t
$$
Assim:
$$
\begin{align}
\text{E}(Y_{ij}) &= \mu + \tau_i \\
\text{V}(Y_{ij}) &= \sigma^2_{BP} + \sigma^2_{B} \\
\text{Cov}(Y_{ij}, Y_{i'j}) &= \sigma^2_{B} \,, \quad i \neq i' \\
\text{Cov}(Y_{ij}, Y_{i'j'}) &= 0 \,, \quad j \neq j'
\end{align}
$$
Matricialmente:
$$
\begin{align}
\boldsymbol{\Psi} = \text{E}(\mathbf{Y}) &=
\mathbf{X_G}\boldsymbol{\mu} + \mathbf{X_T}\boldsymbol{\tau} \\
\text{V}(\mathbf{Y}) &= \sigma^2_{BP} \mathbf{I_n} +
\sigma^2_{B} (\mathbf{I_b} \otimes \mathbf{J_t})
\end{align}
$$
Simbolicamente:
$$
\begin{align}
\boldsymbol{\Psi} = \text{E}(\mathbf{Y}) &= \textrm{Tratamento} \\
\text{V}(\mathbf{Y}) &= \textrm{Bloco} +
\textrm{Bloco} \wedge \textrm{Parcela}
\end{align}
$$
## 7. Esperanças dos quadrados médios
1. Se $F$ é um termo no **modelo de variação**, atribuir
$\frac{n}{f}\sigma^2_F$, onde $n$ é o número de unidades
experimentais, e $f$ é o número de níveis de $F$. Se $F$ é um termo
no **modelo de esperança**, atribuir $q_F(\Psi)$
- Do lado direito de cada FG, somar as contribuições para a
esperança do quadrado médio, $\textrm{E}[QM]$
- **Esse procedimento é o único que é realizado de baixo para cima
no diagrama de Hasse**
2. Adicionar as contribuições dos fatores **unrandomized** na tabela
3. Repetir o passo (2) e somar as contribuições àquelas que já estão na
tabela
Exemplo para DBC:
| Fonte de variação | E[QM] (Fixo) | E[QM] (Bloco Aleat.) |
|-------------------|-----------------------------|------------------------------|
| Blocos | $\sigma^2_{BP} + q_B(\Psi)$ | $\sigma^2_{BP} + \sigma^2_B$ |
| Parcelas[Blocos] | | |
| Tratamentos | $\sigma^2_{BP} + q_T(\Psi)$ | $\sigma^2_{BP} + q_T(\Psi)$ |
| Resíduo | $\sigma^2_{BP}$ | $\sigma^2_{BP}$ |
**Nota sobre $E[QM]$**:
Na tabela de análise de variância, temos um valor F, que é a razão de
dois quadrados médios. Por que isso é apropriado? Para responder essa
pergunta devemos olhar para o que os dois quadrados médios medem, e isso
é feito através dos valores esperados dos quadrados médios.
A esperança do quadrado médio são os valores médios dos quadrados médios
na população que é descrita pelo modelo considerado, ou seja, um
quadrado médio esperado é o verdadeiro valor na população. Isto é
análogo à dizer que o valor esperado de uma observação na opulação é sua
média. Assim, se tivessemos a população completa para todos os
tratamentos, e calculassemos os quadrados médios destes dados completos,
então os valores seriam aqueles dados pela tabela.
Note que os valores médios na população envolvem $\sigma^2$, a variação
devido ao acaso (não controlada) entre as unidades do mesmo tratamento.
No entanto, esse valor médio também depende de uma quantidade
$q_F(\Psi)$ (onde $F$ é um fator qualquer).
Mas o que é $q_F(\Psi)$? Note que o subscrito $F$ denota que ele envolve
a matriz $Q_F$. Por exemplo, considere o termo pata tratamento,
$q_T(\Psi)$. De fato,
$$
\begin{align}
q_T(\Psi) &=
\frac{\boldsymbol{\Psi}'\mathbf{Q_T}\boldsymbol{\Psi}}{(t-1)} \\
&= \frac{\Sigma_{i=1}^{t} r_i (\tau_i - \bar\tau_{.})^2}{(t-1)}
\end{align}
$$
cujo denominador é o mesmo que uma soma de quadrados,
exceto que é uma forma quadrática em $\boldsymbol{\Psi}$
ao invés de $\mathbf{Y}$, onde
$$
\boldsymbol{\Psi} =
\begin{bmatrix}
E(Y_1) \\
E(Y_2) \\
\vdots \\
E(Y_n)
\end{bmatrix}
$$
Em todo caso, $q_T(\Psi)$ é uma forma quadrática e deve ser não negativa.
De fato, a magnitude dessa quantidade vai depender do tamanho das diferenças
entre as médias de tratamento e a média geral. Se os efeitos forem próximos,
então serão parecidos com a média, enquanto que se forem mais espaçados haverá
maior distância de média. Consequentemente, a média de quadrado de tratamento
será (em média) maior do que e média de quadrado residual, pois é influenciada
tanto pela variação não controlada e a magnitude dos efeitos.
Portanto, $q_T(\Psi)$ só será zero quando os efeitos de tratamento forem
iguais, ou seja, quando a hipótese nula for verdadeira. Dessa forma,
os quadrados médios serão parecidos e o valor de F será próximo de 1. Assim,
as seguintes hipóteses são equivalentes:
$$
\begin{align}
H_0 &: q_T(\Psi) = 0 \\
H_0 &: \tau_i = \tau_2 = \ldots = \tau_t
\end{align}
$$
# Principais delineamentos
## Delineamento inteiramente casualizado (DIC)
Considere um experimento em um delineamento inteiramente casualizado com
$t$ tratamentos e $r$ repetições.
O modelo associado à este delineamento é
$$
y_{ij} = \mu + \tau_i + \epsilon_{ij}\, \qquad i = 1, \ldots, t;\, j = 1,
\ldots, r
$$
Matricialmente o modelo pode ser escrito como:
$$
\begin{align}
\mathbf{Y} &= \mathbf{X}\boldsymbol{\theta} +
\boldsymbol{\epsilon} \\
\mathbf{Y} &= \mathbf{X_G}\boldsymbol{\mu} +
\mathbf{X_T}\boldsymbol{\tau} +
\boldsymbol{\epsilon}
\end{align}
$$
- Fórmula estrutural
| Estrutura | Fórmula |
|-----------|---------|
| Unrandomized | $tr$ parcelas |
| Randomized | $t$ tratamentos |
- Diagrama de Hasse
```{r, echo=FALSE, out.width='100%'}
include_graphics("img/DIC_geral.png")
```
- Tabela de ANOVA
| Fonte de variação | GL | SQ | QM | E[QM] (Fixo) | E[QM] (Aleat.) |
|-------------------|----------|-----------------------|--------------------------------------|--------------------------|-----------------------------|
| Parcelas | $tr-1$ | $\mathbf{Y'Q_PY}$ | | | |
| Tratamentos | $t-1$ | $\mathbf{Y'Q_TY}$ | $\frac{\mathbf{Y'Q_TY}}{t-1}$ | $\sigma^2_P + q_T(\Psi)$ | $\sigma^2_P + r \sigma^2_T$ |
| Resíduo | $t(r-1)$ | $\mathbf{Y'Q_{Res}Y}$ | $\frac{\mathbf{Y'Q_{Res}Y}}{t(r-1)}$ | $\sigma^2_P$ | $\sigma^2_P$ |
Onde:
$$
\begin{align}
\mathbf{Q_P} &= \mathbf{M_P - M_G} \\
\mathbf{Q_{T}} &= \mathbf{M_{T} - M_G} \\
\mathbf{Q_{Res}} &= \mathbf{Q_P - Q_T} \\
&= \mathbf{M_P - M_G - (M_T - M_G)} \\
&= \mathbf{M_P - M_T}
\end{align}
$$
E:
$$
\begin{align}
\mathbf{M_G} &= \mathbf{X_G(X'_G X_G)^{-1}X'_G} \\
\mathbf{M_P} &= \mathbf{X_P(X'_P X_P)^{-1}X'_P} \\
\mathbf{M_T} &= \mathbf{X_T(X'_T X_T)^{-1}X'_T}
\end{align}
$$
- Hipóteses e teste $F$
| | Fixo | Aleatório |
|------------|----------------------|-----------------------|
| Tratamento | $H_0: q_T(\Psi) = 0$ | $H_0: \sigma^2_T = 0$ |
Testes:
$$
F_T = \frac{\textrm{QMT}}{\textrm{QMRes}}
$$
- Exemplo no R
Os dados apresentados a seguir referem-se à produções (kg/m$^2$) de 3
variedades de soja obtidas de um experimento instalado segundo o
delineamento inteiramente casualizado (DIC) com 3 repetições. Aqui
considera-se tratamento como de **efeito fixo**.
```{r, collapse=TRUE}
## Dados
da.dic <- data.frame(variedade = rep(c("V1", "V2", "V3"), each = 3),
parcela = factor(1:9),
producao = c(41, 40, 44,
51, 48, 50,
53, 54, 52))
## Estrutura dos dados
str(da.dic)
## Croqui do experimento
set.seed(11)
matrix(sample(da.dic$variedade), ncol = 3)
```
A **fórmula estrutural** é:
| Estrutura | Fórmula |
|-----------|---------|
| Unrandomized | $9$ parcelas |
| Randomized | $3$ tratamentos |
O **diagrama de Hasse** fica desta forma:
```{r, echo=FALSE, out.width='100%'}
include_graphics("img/DIC_ex1.png")
```
A **tabela de ANOVA** fica:
| Fonte de variação | GL | SQ | QM | E[QM] (Fixo) |
|-------------------|----------|-----------------------|--------------------------------------|--------------------------|
| Parcelas | $8$ | $\mathbf{Y'Q_PY}$ | | |
| ¬¬Tratamentos | $2$ | $\mathbf{Y'Q_TY}$ | $\frac{\mathbf{Y'Q_TY}}{t-1}$ | $\sigma^2_P + q_T(\Psi)$ |
| ¬¬Resíduo | $6$ | $\mathbf{Y'Q_{Res}Y}$ | $\frac{\mathbf{Y'Q_{Res}Y}}{t(r-1)}$ | $\sigma^2_P$ |
Calculando as matrizes $\mathbf{Q}$ manualmente:
```{r, collapse=TRUE}
##----------------------------------------------------------------------
## Atribui nomes comuns para variável resposta e tratamento
var.resp <- da.dic$producao
tratamento <- da.dic$variedade
parcela <- da.dic$parcela
##----------------------------------------------------------------------
## Definições
(t <- length(unique(tratamento)))
(r <- unique(table(tratamento)))
(n <- length(var.resp)) # t*r para o caso balanceado
##----------------------------------------------------------------------
## Matrizes
## Vetor de respostas
(Y <- matrix(var.resp, ncol = 1))
## Matriz de médias
(Xg <- matrix(rep(1, n), ncol = 1))
## Matriz de tratamentos
Xt <- matrix(0, nrow = n, ncol = t)
Xt[cbind(seq_along(tratamento), tratamento)] <- 1; Xt
## Matriz de parcelas (identidade)
(Xp <- diag(1, nrow = n))
##----------------------------------------------------------------------
## Matrizes M
## para média
Mg <- Xg %*% solve(t(Xg) %*% Xg) %*% t(Xg)
MASS::fractions(Mg)
## para tratamento
Mt <- Xt %*% solve(t(Xt) %*% Xt) %*% t(Xt)
MASS::fractions(Mt)
## para parcela
Mp <- Xp %*% solve(t(Xp) %*% Xp) %*% t(Xp)
MASS::fractions(Mp)
##----------------------------------------------------------------------
## Matrizes de projeção ortogonal
## para parcela
Qp <- Mp - Mg
MASS::fractions(Qp)
## para tratamento
Qt <- Mt - Mg
MASS::fractions(Qt)
## para resíduos
Qr <- Mp - Mt
MASS::fractions(Qr)
##----------------------------------------------------------------------
## Graus de liberdade (usando propriedade de traço)
(GLp <- sum(diag(Qp))) # n - 1
(GLt <- sum(diag(Qt))) # t - 1
(GLr <- sum(diag(Qr))) # n - t
##----------------------------------------------------------------------
## Soma de quadrados
(SQp <- t(Y) %*% Qp %*% Y)
(SQt <- t(Y) %*% Qt %*% Y)
(SQr <- t(Y) %*% Qr %*% Y)
##----------------------------------------------------------------------
## Quadrado médio
(QMt <- SQt/GLt)
(QMr <- SQr/GLr)
##----------------------------------------------------------------------
## F calculado
(Fcalc <- QMt/QMr)
##----------------------------------------------------------------------
## p-valor
(p.valor <- pf(Fcalc, GLt, GLr, lower.tail = FALSE))
##----------------------------------------------------------------------
## Tabela final
tab.final <- data.frame("GL" = c(GLp, GLt, GLr),
"SQ" = c(SQp, SQt, SQr),
"QM" = c(NA, QMt, QMr),
"F" = c(NA, Fcalc, NA),
"p-valor" = c(NA, p.valor, NA),
row.names = c("Parcela", " Tratamento",
" Resíduo"))
tab.final
```
Compara os resultados usando a função `aov()`:
```{r, collapse=TRUE}
summary(aov(var.resp ~ tratamento))
## Usando a função Error() para indicar o confundimento
summary(aov(var.resp ~ tratamento + Error(parcela)))
```
```{r, include=FALSE}
## Usando fórmulas tradicionais
## SQTot
sum((var.resp - mean(var.resp))^2)
3*sum((tapply(var.resp, tratamento, mean) - mean(var.resp))^2)
```
## Delineamento em blocos completos (DBC)
Considere um experimento em um delineamento em blocos completos com
$t$ tratamentos e $b$ blocos.
O modelo associado à este delineamento é
$$
y_{ij} = \mu + \beta_i + \tau_j + \epsilon_{ij}\,
\qquad i = 1, \ldots,b;\, j = 1, \ldots, t
$$
Matricialmente o modelo pode ser escrito como:
$$
\begin{align}
\mathbf{Y} &= \mathbf{X}\boldsymbol{\theta} +
\boldsymbol{\epsilon} \\
\mathbf{Y} &= \mathbf{X_G}\boldsymbol{\mu} +
\mathbf{X_B}\boldsymbol{\beta} +
\mathbf{X_T}\boldsymbol{\tau} +
\boldsymbol{\epsilon}
\end{align}
$$
- Fórmula estrutural
| Estrutura | Fórmula |
|-----------|---------|
| Unrandomized | $b$ blocos/$t$ parcelas |
| Randomized | $t$ tratamentos |
- Diagrama de Hasse
```{r, echo=FALSE, out.width='100%'}
include_graphics("img/DBC_geral.png")
```
- Tabela de ANOVA
| Fonte de variação | GL | SQ | QM | E[QM] (1) | E[QM] (2) | E[QM] (3) | E[QM] (4) |
|-------------------|--------------|-----------------------|------------------------------------------|-----------------------------|---------------------------------|-------------------------------|---------------------------------|
| Blocos | $b-1$ | $\mathbf{Y'Q_{B}Y}$ | $\frac{\mathbf{Y'Q_{B}Y}}{b-1}$ | $\sigma^2_{PB} + q_B(\Psi)$ | $\sigma^2_{PB} + t\sigma^2_{B}$ | $\sigma^2_{PB} + q_B(\Psi)$ | $\sigma^2_{PB} + t\sigma^2_{B}$ |
| Parcelas[Blocos] | $b(t-1)$ | $\mathbf{Y'Q_{BP}Y}$ | $\frac{\mathbf{Y'Q_{BP}Y}}{b(t-1)}$ | | | | |
| ¬¬Tratamentos | $t-1$ | $\mathbf{Y'Q_{T}Y}$ | $\frac{\mathbf{Y'Q_{T}Y}}{t-1}$ | $\sigma^2_{PB} + q_T(\Psi)$ | $\sigma^2_{PB} + q_T(\Psi)$ | $\sigma^2_{PB} + b\sigma^2_T$ | $\sigma^2_{PB} + b\sigma^2_{T}$ |
| ¬¬Resíduo | $(b-1)(t-1)$ | $\mathbf{Y'Q_{Res}Y}$ | $\frac{\mathbf{Y'Q_{Res}Y}}{(b-1)(t-1)}$ | $\sigma^2_{PB}$ | $\sigma^2_{PB}$ | $\sigma^2_{PB}$ | $\sigma^2_{PB}$ |
Onde os números após a E[QM] são as combinações:
- **(1)**: Bloco fixo, tratamento fixo
- **(2)**: Bloco aleatório, tratamento fixo
- **(3)**: Bloco fixo, tratamento aleatório
- **(4)**: Bloco aleatório, tratamento aleatório
E as matrizes são:
$$
\begin{align}
\mathbf{Q_B} &= \mathbf{M_B - M_G} \\
\mathbf{Q_{BP}} &= \mathbf{M_{BP} - M_B} \\
\mathbf{Q_{T}} &= \mathbf{M_{T} - M_G} \\
\mathbf{Q_{Res}} &= \mathbf{Q_{BP} - Q_T} \\
&= \mathbf{M_{BP} - M_B - (M_T - M_G)} \\
&= \mathbf{M_{BP} - M_B - M_T + M_G}
\end{align}
$$
E:
$$
\begin{align}
\mathbf{M_G} &= \mathbf{X_G(X'_G X_G)^{-1}X'_G} \\
\mathbf{M_B} &= \mathbf{X_B(X'_B X_B)^{-1}X'_B} \\
\mathbf{M_T} &= \mathbf{X_T(X'_T X_T)^{-1}X'_T} \\
\mathbf{M_{BP}} &= \mathbf{X_{BP}(X'_{BP} X_{BP})^{-1}X'_{BP}}
\end{align}
$$
- Hipóteses e teste $F$
| | (1) | (2) | (3) | (4) |
|------------|----------------------|-----------------------|-----------------------|-----------------------|
| Bloco | $H_0: q_B(\Psi) = 0$ | $H_0: \sigma^2_B = 0$ | $H_0: q_B(\Psi) = 0$ | $H_0: \sigma^2_B = 0$ |
| Tratamento | $H_0: q_T(\Psi) = 0$ | $H_0: q_T(\Psi) = 0$ | $H_0: \sigma^2_T = 0$ | $H_0: \sigma^2_T = 0$ |
Testes:
$$
\begin{align}
F_B &= \frac{\textrm{QMB}}{\textrm{QMRes}} \\
F_T &= \frac{\textrm{QMT}}{\textrm{QMRes}}
\end{align}
$$
(Para todos os casos).
- Exemplo no R
Os dados apresentados a seguir referem-se à produção média (2 plantas)
de frutos, em kg/planta, de uma espécie de laranjeira, enxertada sobre 4
clones (tratamento), obtidos de um experimento casualizado em blocos, e
considerando blocos e parcelas como de efeito fixo.
```{r, collapse=TRUE}
da.dbc <- data.frame(tratamento = rep(paste("T", 1:4, sep= ""), 3),
blocos = factor(rep(1:3, each = 4)),
producao = c(24.45, 80.55, 76.45, 54.6,
21.85, 69.9, 64.2, 72.6,
32.45, 52.85, 60.9, 55.25))
str(da.dbc)
## Croqui do experimento
set.seed(11)
croqui.DBC <- do.call(cbind, tapply(as.character(da.dbc$tratamento),
da.dbc$bloco, sample))
dimnames(croqui.DBC) <- list(1:4, paste("Bloco", 1:3))
croqui.DBC
```
A **fórmula estrutural** fica:
| Estrutura | Fórmula |
|-----------|---------|
| Unrandomized | $3$ blocos/$4$ parcelas |
| Randomized | $4$ tratamentos |
E o **disgrama de Hasse** fica desta forma:
```{r, echo=FALSE, out.width='100%'}
include_graphics("img/DBC_ex1.png")
```
Os cálculos feitos à mão no R:
```{r, collapse=TRUE}
##----------------------------------------------------------------------
## Atribui nomes comuns para variável resposta e tratamento
var.resp <- da.dbc$producao
tratamento <- da.dbc$tratamento
blocos <- da.dbc$blocos
##----------------------------------------------------------------------
## Definições
(t <- length(unique(tratamento)))
(b <- length(unique(blocos)))
(n <- t*b)
##----------------------------------------------------------------------
## Matrizes
## Vetor de respostas
(Y <- matrix(var.resp, ncol = 1))
## Matriz de médias
(Xg <- matrix(rep(1, n), ncol = 1))
## Matriz de tratamentos
Xt <- matrix(0, nrow = n, ncol = t)
Xt[cbind(seq_along(tratamento), tratamento)] <- 1; Xt
## Matriz de blocos
Xb <- matrix(0, nrow = n, ncol = b)
Xb[cbind(seq_along(blocos), blocos)] <- 1; Xb
## Matriz de blocos/parcelas (identidade)
(Xbp <- diag(1, nrow = n))
##----------------------------------------------------------------------
## Matrizes M
## para média
Mg <- Xg %*% solve(t(Xg) %*% Xg) %*% t(Xg)
MASS::fractions(Mg)
## para tratamento
Mt <- Xt %*% solve(t(Xt) %*% Xt) %*% t(Xt)
MASS::fractions(Mt)
## para blocos
Mb <- Xb %*% solve(t(Xb) %*% Xb) %*% t(Xb)
MASS::fractions(Mb)
## para bloco/parcela
Mbp <- Xbp %*% solve(t(Xbp) %*% Xbp) %*% t(Xbp)
MASS::fractions(Mbp)
##----------------------------------------------------------------------
## Matrizes de projeção ortogonal
## para tratamento
Qt <- Mt - Mg
MASS::fractions(Qt)
## para bloco
Qb <- Mb - Mg
MASS::fractions(Qb)
## para bloco/parcela
Qbp <- Mbp - Mb
MASS::fractions(Qbp)
## para resíduos
Qr <- Mbp - Mt - Mb + Mg
MASS::fractions(Qr)
##----------------------------------------------------------------------
## Graus de liberdade (usando propriedade de traço)
(GLb <- sum(diag(Qb))) # b - 1
(GLbp <- sum(diag(Qbp))) # b * (t - 1)
(GLt <- sum(diag(Qt))) # t - 1
(GLr <- sum(diag(Qr))) # (b - 1) * (t - 1)
##----------------------------------------------------------------------
## Soma de quadrados
(SQb <- t(Y) %*% Qb %*% Y)
(SQbp <- t(Y) %*% Qbp %*% Y)
(SQt <- t(Y) %*% Qt %*% Y)
(SQr <- t(Y) %*% Qr %*% Y)
##----------------------------------------------------------------------
## Quadrado médio
(QMb <- SQb/GLb)
(QMt <- SQt/GLt)
(QMr <- SQr/GLr)
##----------------------------------------------------------------------
## F calculado
(Fcalc.b <- QMb/QMr)
(Fcalc.t <- QMt/QMr)
##----------------------------------------------------------------------
## p-valor
(p.valor.b <- pf(Fcalc.b, GLb, GLr, lower.tail = FALSE))
(p.valor.t <- pf(Fcalc.t, GLt, GLr, lower.tail = FALSE))
##----------------------------------------------------------------------
## Tabela final
tab.final <- data.frame("GL" = c(GLb, GLbp, GLt, GLr),
"SQ" = c(SQb, SQbp, SQt, SQr),
"QM" = c(QMb, NA, QMt, QMr),
"F" = c(Fcalc.b, NA, Fcalc.t, NA),
"p-valor" = c(p.valor.b, NA, p.valor.t, NA),
row.names = c("Blocos", "Parcelas[Blocos]",
" Tratamentos", " Resíduo"))
tab.final
```
Comparando os resultados com a função `aov()`:
```{r}
summary(aov(var.resp ~ blocos + tratamento))
## Usando a função Error() para identificar o confundimento
summary(aov(var.resp ~ blocos + tratamento + Error(blocos)))
```
## Delineamento em quadrado latino (DQL)
Considere um experimento em um delineamento em quadrado latino com
$t$ tratamentos, portanto com $t$ linhas e $t$ colunas.
O modelo associado à este delineamento é
$$
y_{ij} = \mu + \alpha_i + \beta_j + \gamma_{k(ij)} + \epsilon_{ij}\,
\qquad i = j = k = 1, \ldots, t
$$
Matricialmente o modelo pode ser escrito como:
$$
\begin{align}
\mathbf{Y} &= \mathbf{X}\boldsymbol{\theta} +
\boldsymbol{\epsilon} \\
\mathbf{Y} &= \mathbf{X_G}\boldsymbol{\mu} +
\mathbf{X_L}\boldsymbol{\alpha} +
\mathbf{X_C}\boldsymbol{\beta} +
\mathbf{X_{LC}}\boldsymbol{\gamma} +
\boldsymbol{\epsilon}
\end{align}
$$
- Fórmula estrutural
| Estrutura | Fórmula |
|-----------|---------|
| Unrandomized | $t$ linhas $*$ $t$ colunas |
| Randomized | $t$ tratamentos |
- Diagrama de Hasse
```{r, echo=FALSE, out.width='100%'}
include_graphics("img/DQL_geral.png")
```
- Tabela de ANOVA
| Fonte de variação | GL | SQ | QM | E[QM] (1) | E[QM] (2) | E[QM] (3) | E[QM] (4) |
|-------------------|--------------|-----------------------|------------------------------------------|-----------------------------|---------------------------------|-------------------------------|---------------------------------|
| Linha | $t-1$ | $\mathbf{Y'Q_{L}Y}$ | $\frac{\mathbf{Y'Q_{L}Y}}{t-1}$ | $\sigma^2_{LC} + q_L(\Psi)$ | $\sigma^2_{LC} + q_L(\Psi)$ | $\sigma^2_{LC} + q_L(\Psi)$ | $\sigma^2_{LC} + t\sigma^2_{L}$ |
| Coluna | $t-1$ | $\mathbf{Y'Q_{C}Y}$ | $\frac{\mathbf{Y'Q_{C}Y}}{t-1}$ | $\sigma^2_{LC} + q_C(\Psi)$ | $\sigma^2_{LC} + t\sigma^2_{C}$ | $\sigma^2_{LC} + q_C(\Psi)$ | $\sigma^2_{LC} + t\sigma^2_{C}$ |
| Linha#Coluna | $(t-1)^2$ | $\mathbf{Y'Q_{LC}Y}$ | $\frac{\mathbf{Y'Q_{LC}Y}}{(t-1)^2}$ | | | | |
| ¬¬Tratamentos | $t-1$ | $\mathbf{Y'Q_{T}Y}$ | $\frac{\mathbf{Y'Q_{T}Y}}{t-1}$ | $\sigma^2_{LC} + q_T(\Psi)$ | $\sigma^2_{LC} + q_T(\Psi)$ | $\sigma^2_{LC} + t\sigma^2_T$ | $\sigma^2_{LC} + t\sigma^2_{T}$ |
| ¬¬Resíduo | $(t-1)(t-2)$ | $\mathbf{Y'Q_{Res}Y}$ | $\frac{\mathbf{Y'Q_{Res}Y}}{(t-1)(t-2)}$ | $\sigma^2_{LC}$ | $\sigma^2_{LC}$ | $\sigma^2_{LC}$ | $\sigma^2_{LC}$ |
Onde os números após a E[QM] são as combinações:
- **(1)**: Linha fixo, coluna fixo, tratamento fixo
- **(2)**: Linha fixo, coluna aleatório, tratamento fixo
- **(3)**: Linha fixo, coluna fixo, tratamento aleatório
- **(4)**: Linha aleatório, coluna aleatório, tratamento aleatório
E as matrizes são:
$$
\begin{align}
\mathbf{Q_L} &= \mathbf{M_L - M_G} \\
\mathbf{Q_C} &= \mathbf{M_C - M_G} \\
\mathbf{Q_{LC}} &= \mathbf{M_{LC} - M_L - M_C + M_G} \\
\mathbf{Q_{T}} &= \mathbf{M_{T} - M_G} \\
\mathbf{Q_{Res}} &= \mathbf{Q_{LC} - Q_T} \\
&= \mathbf{M_{LC} - M_L - M_C + M_G - (M_T - M_G)} \\
&= \mathbf{M_{LC} - M_L - M_C + M_G - M_T + M_G}
\end{align}
$$
E:
$$
\begin{align}
\mathbf{M_G} &= \mathbf{X_G(X'_G X_G)^{-1}X'_G} \\
\mathbf{M_L} &= \mathbf{X_L(X'_L X_L)^{-1}X'_L} \\
\mathbf{M_C} &= \mathbf{X_C(X'_C X_C)^{-1}X'_C} \\
\mathbf{M_T} &= \mathbf{X_T(X'_T X_T)^{-1}X'_T} \\
\mathbf{M_{LC}} &= \mathbf{X_{LC}(X'_{LC} X_{LC})^{-1}X'_{LC}}
\end{align}
$$
- Hipóteses e teste $F$
| | (1) | (2) | (3) | (4) |
|------------|----------------------|-----------------------|-----------------------|-----------------------|
| Linha | $H_0: q_L(\Psi) = 0$ | $H_0: q_L(\Psi) = 0$ | $H_0: q_L(\Psi) = 0$ | $H_0: \sigma^2_L = 0$ |
| Coluna | $H_0: q_C(\Psi) = 0$ | $H_0: \sigma^2_C = 0$ | $H_0: q_C(\Psi) = 0$ | $H_0: \sigma^2_C = 0$ |
| Tratamento | $H_0: q_T(\Psi) = 0$ | $H_0: q_T(\Psi) = 0$ | $H_0: \sigma^2_T = 0$ | $H_0: \sigma^2_T = 0$ |
Testes:
$$
\begin{align}
F_L &= \frac{\textrm{QML}}{\textrm{QMRes}} \\
F_C &= \frac{\textrm{QMC}}{\textrm{QMRes}} \\
F_T &= \frac{\textrm{QMT}}{\textrm{QMRes}}
\end{align}
$$
(Para todos os casos).
- Exemplo no R
Os dados apresentados a seguir referem-se às produções de batata (kg/ha)
obtidas de um experimento instalado no delineamento em quadrado latino,
envolvendo quatro sistemas de plantio (S1, S2, S3, S4).
```{r, collapse=TRUE}
da.dql <- expand.grid(colunas = factor(1:4), linhas = factor(1:4))
da.dql$sistemas <- factor(c("S1", "S2", "S4", "S3",
"S4", "S1", "S3", "S2",
"S2", "S3", "S1", "S4",
"S3", "S4", "S2", "S1"))
da.dql$producao <- c(92.6, 96.3, 73.1, 86.7,
88.8, 100.3, 96.4, 97.2,
112.6, 100.1, 90.6, 65.7,
92.5, 43.7, 83.4, 70.2)
str(da.dql, give.attr = FALSE)
## Croqui do experimento
matrix(da.dql$sistemas, ncol = 4, byrow = TRUE)
```
A **fórmula estrutural** é:
| Estrutura | Fórmula |
|-----------|---------|
| Unrandomized | $4$ linhas $*$ $4$ colunas |
| Randomized | $4$ tratamentos |
E o **diagrama de Hasse** fica:
```{r, echo=FALSE, out.width='100%'}
include_graphics("img/DQL_ex1.png")
```
A análise feita no R:
```{r, collapse=TRUE}
##----------------------------------------------------------------------
## Atribui nomes comuns para variável resposta, linhas e colunas
var.resp <- da.dql$producao
tratamento <- da.dql$sistemas
linhas <- da.dql$linhas
colunas <- da.dql$colunas
##----------------------------------------------------------------------
## Definicoes
t <- length(unique(tratamento))
n <- t^2
##----------------------------------------------------------------------
## Matrizes
## Vetor de respostas
(Y <- matrix(var.resp, ncol = 1))
## Matriz de médias
(Xg <- matrix(rep(1, n), ncol = 1))
## Matriz de tratamentos
Xt <- matrix(0, nrow = n, ncol = t)
Xt[cbind(seq_along(tratamento), tratamento)] <- 1; Xt
## Matriz de linhas
Xl <- matrix(0, nrow = n, ncol = t)
Xl[cbind(seq_along(linhas), linhas)] <- 1; Xl
## Matriz de colunas
Xc <- matrix(0, nrow = n, ncol = t)
Xc[cbind(seq_along(colunas), colunas)] <- 1; Xc
## Matriz de linhas#colunas (identidade)
(Xlc <- diag(1, nrow = n))
##----------------------------------------------------------------------
## Matrizes M
## para média
Mg <- Xg %*% solve(t(Xg) %*% Xg) %*% t(Xg)